quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A Cultura Urbana, Basquete de Rua e suas Vertentes



A “cultura urbana” surgiu nos bairros pobres das cidades americanas em resposta à exclusão social, ao racismo e à crise econômica que os Estados Unidos atravessaram com a quebra da bolsa de Nova York, em 1929. Desde o final da década de 1970, ela passou a se confundir com o movimento hip hop, cujo estilo se reflete nas letras dos rappers, na dança de rua (o break), nas gírias, na arte do grafite e na moda – não por acaso, inspirada no basquete americano. O hip hop chegou ao Brasil no início de década de 80 por intermédio das equipes de som, das revistas, dos discos, filmes, vídeo clipes e programas de TV. Para os seus adeptos, o mais importante é o papel social que o movimento desempenha como expressão dos segmentos marginalizados e daqueles que se identificam com sua cultura.
As vertentes da cultura urbana
A primeira vertente é o graffiti, onde no final da década de 1960, jovens do bairro nova-iorquino do Bronx restabeleceram esse gênero de arte, agora não mais com carvão, mas com tintas spray, criando uma forma de expressão colorida e muito mais rica, tanto visualmente quanto no conteúdo das mensagens. Já a palavra grafite vem do italiano graffiti, plural de graffito, que significa “escrita feita com carvão”, e a modalidade de expressão artística que ela designa remonta à época do Império Romano.
A segunda vertente da cultura urbana é a street dance, ou dança de rua, que apesar do nome não precisa ser praticada necessariamente no asfalto. O break, com o qual a street dance hoje se confunde, surgiu a partir do funk. A linguagem é semelhante à da mímica, usando movimentos de acrobacia e ginástica olímpica, e sempre aproveitando o corpo e o chão.
A terceira é o streetball ou basquete de rua como ficou conhecida no Brasil. Para jogar street ball, o importante é ter estilo – tanto no jogo quanto no modo de vestir. As regras são simples: apenas uma cesta, meia quadra e três jogadores em cada time, embalados ao som do rap. As regras são flexíveis, privilegiando a força, a ousadia e a improvisação. A moda começou nos guetos nova-iorquinos, conquistou os Estados Unidos e começa a ganhar adeptos no Brasil.

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